Acne


Acne

A acne nada mais é que uma lesão causada pelo aumento da produção de sebo vinda das glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade deixa os poros obstruídos e aumenta a proliferação de bactérias, resultando nos comedões, que chamamos mais comumente de cravos. Quando ocorre a inflamação, chamamos de espinha.
De acordo com a dermatologista Juliana Jordão, de Curitiba, a acne tem uma incidência maior na adolescência, mais especificamente na puberdade - fase em que os jovens passam por uma grande transformação hormonal. Mas, da mesma forma que para alguns, cravos e espinhas se tornam um problema temporário, para outros pode durar anos. A condição ainda pode aparecer depois da adolescência, a partir dos 25 anos, tendo tido início nessa época ou se estendido desde a juventude - é a chamada acne adulta. No entanto, essas lesões costumam ser inflamatórias, com baixa presença de cravo. “Além disso, a inflamação pode surgir na gestação ou ser secundária a algumas alterações hormonais, como na síndrome do ovário policístico ou em distúrbios da glândula suprarrenal”, esclareceu.
A verdade é que ninguém está livre de ter acne. Uma pessoa com espinha pode, sim, ter pele oleosa e mista, no entanto, quem tem o tipo seca e normal também pode apresentar essas lesões em certos períodos, como na pré-menstruação, em momentos de estresse ou em uma temporada de má alimentação.

Saiba mais

  • Grau 1 - Acne Comedônica: Caracterizada pela presença de cravos, os comedões, principalmente na testa, bochechas e nariz.
  • Acne Inflamatória:
  • Grau 2 - Acne Pápulo-Pustulosa: Apresentando lesões dolorosas, avermelhadas e elevadas, podendo ter secreção amarelada no seu interior.
  • Grau 3 - Acne Nódulo-Cística: São nódulos inflamados, chamados muitas vezes de espinhas internas, principalmente na testa, bochechas e nariz.
  • Grau 4 - Acne Conglobata: Caracterizada pela presença de cistos ou nódulos inflamados próximos uns dos outros, a formação de cicatrizes é muito comum.
  • Grau 5 - Acne Fulminante Com grande processo inflamatório na pele é o tipo mais raro e grave. As lesões são acompanhadas de febre, fraqueza e dor muscular e acaba sendo mais comum em homens.
  • Existem muitos fatores capazes de causar a acne. Porém, o principal e mais comum - especialmente na pele oleosa - é o excesso de oleosidade na região. Esse problema ainda pode piorar no rosto de quem faz uma limpeza inadequada, esquece de lavar o rosto à noite, ou usa maquiagem e não remove os cosméticos antes de dormir. Entre outras causas, lesões de cravos e espinhas podem ser originadas por vários fatores.
    O aparecimento do quadro da acne é favorecido pela junção dos seguintes fatores:
  • Hiperqueratinização folicular: Acontece uma proliferação demasiada de queratinócitos - células da pele - que favorece a formação de comedões.
  • Colonização de bactérias: Protagonizada pela bactéria Propionibacterium acnes, que se alimenta do sebo produzido pelas glândulas sebáceas.
  • Resposta imunológica e inflamatória: Neste caso, a contaminação de bactérias remete à liberação de mediadores inflamatórios
  • Existem alguns hábitos diários que também podem favorecer o surgimento da acne. Entre eles, estão:
  • Dormir de maquiagem: Isso faz com que os resíduos dos cosméticos obstruam os poros, favorecendo o surgimento de cravos e espinhas.
  • Medicamentos: Efeitos colaterais de alguns remédios podem causar o surgimento de acne, como, por exemplo, o uso de corticoides;
  • Alimentação: gordura, doces e o consumo de farinha branca acabam estimulando a produção de glândulas sebáceas, que reflete no aumento da oleosidade da pele.
  • Estresse: Proporciona um desequilíbrio hormonal, que agrava ou motiva o aumento da oleosidade e a piora de cravos e espinhas.
  • A acne pode surgir em regiões diferentes além do rosto e possui vários tipos, como:
  • Corporal: De acordo com a Dra. Lilia Guadanhim, de São Paulo, é comum em pacientes que têm a pele do corpo oleosa, principalmente na região das costas, ombros, colo e glúteo e aqueles que costumam usar produtos gordurosos, da mesma forma que o clima quente colabora para o quadro.
  • Solar: Está ligada ao excesso de radiação ultravioleta. O sol aumenta a produção de sebo e diminui as células de defesa, piorando ou gerando a acne. O cenário costuma se intensificar principalmente no verão, atingindo regiões como rosto, ombros, tórax, pescoço e costas.
  • Hormonal: Surge devido à alteração hormonal que acontece em momentos específicos da vida, como a puberdade, gravidez e menopausa.
  • Espinhas externas e internas - qual a diferença?
    Chamadas de pápulas eritematosas inflamatórias, as espinhas internas são lesões que não evoluem para pústula - quando há pus visível - ao contrário da espinha externa - que logo erupciona. De acordo com a dermatologista Vanessa Metz, do Rio de Janeiro, elas podem até dar o ar da graça com o tempo, mas, quando não acontece, ficam mais doloridas.
    A acne interna, assim como as outras, surge com o entupimento das glândulas sebáceas por conta do acúmulo de sebo. A única diferença neste caso, é que o excesso se torna tão grande que acaba obstruindo totalmente, evitando a saída do pus.
    Segundo a Dra. Vanessa, as manchas e marcas de acne acontecem devido à produção de melanina, causada pelas próprias inflamações cutâneas. “Juntando o processo inflamatório com a própria tendência de produzir coloração à pele, o resultado é a pigmentação pós inflamatória”.
    Tipos de mancha de espinha:
  • Arroxeadas
  • Vermelhas
  • Marrons
  • Tipos de cicatrizes de acne:
  • Atróficas: parecidas com um buraquinho
  • Hipertróficas: inchadas e sobressaídas
  • Como tratar:
    Para evitar as manchas na pele, o ideal é apostar no uso diário do filtro solar facial com FPS 30, no mínimo, para proteger as lesões da radiação e evitar queimaduras, além de dermocosméticos com ativos despigmentantes, usados para combater a acne e, ao mesmo tempo, auxiliar na prevenção de manchas. Agora, quando a marca está formada, ela pode ser tratada com procedimentos clínicos, como peelings ou clareadores e laser ou luz pulsada, em casos mais graves.
    O tratamento vai depender de cada caso, tipo de acne e paciente a ser medicado, o dermatologista poderá indicar os melhores produtos para combater espinhas e cravos no seu quadro. Entretanto, existem ativos e cuidados que colaboram para a diminuição das lesões, como, por exemplo:
  • Ácido salicílico: Um beta-hidroxiácido com propriedades esfoliantes e seborreguladores. Ele possui ação anti-inflamatória e renova a pele do rosto e corpo removendo as células mortas e o excesso de oleosidade. Vale apostar numa loção adstringente ou sabonete de ácido salicílico, por exemplo.
  • Niacinamida: uma vitamina do complexo B com ação anti-inflamatória.
  • Ácido glicólico: um alfa-hidroxiácido que promove renovação celular, muito utilizado para a redução de lesões de acne, seja em forma de peeling ou em dermocosmético, em concentrações menores.
  • Retinol: conhecido como derivado da vitamina A, ele possui diversos benefícios para a pele acneica - promove uma esfoliação, removendo as células mortas; ajuda a reduzir o tamanho dos poros e a controlar a oleosidade; suaviza as cicatrizes e marcas mais difíceis, como é o caso da mancha de espinha; e tem efeito clareador.
  • Ozonioterapia: A essência do método é que o cosmetologista rompe o foco inflamatório com uma mistura de oxigênio e ozônio. Neste caso, a ozonoterapia é combinada com a magnetoterapia. Este método de tratamento da acne é mais eficaz.




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