A acne nada mais é que uma lesão causada pelo aumento da produção de sebo vinda das glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade deixa os poros obstruídos e aumenta a proliferação de bactérias, resultando nos comedões, que chamamos mais comumente de cravos. Quando ocorre a inflamação, chamamos de espinha.
De acordo com a dermatologista Juliana Jordão, de Curitiba, a acne tem uma incidência maior na adolescência, mais especificamente na puberdade - fase em que os jovens passam por uma grande transformação hormonal. Mas, da mesma forma que para alguns, cravos e espinhas se tornam um problema temporário, para outros pode durar anos. A condição ainda pode aparecer depois da adolescência, a partir dos 25 anos, tendo tido início nessa época ou se estendido desde a juventude - é a chamada acne adulta. No entanto, essas lesões costumam ser inflamatórias, com baixa presença de cravo.
“Além disso, a inflamação pode surgir na gestação ou ser secundária a algumas alterações hormonais, como na síndrome do ovário policístico ou em distúrbios da glândula suprarrenal”, esclareceu.
A verdade é que ninguém está livre de ter acne. Uma pessoa com espinha pode, sim, ter pele oleosa e mista, no entanto, quem tem o tipo seca e normal também pode apresentar essas lesões em certos períodos, como na pré-menstruação, em momentos de estresse ou em uma temporada de má alimentação.
Saiba mais
Acne Inflamatória:
O aparecimento do quadro da acne é favorecido pela junção dos seguintes fatores:
Espinhas externas e internas - qual a diferença?
Chamadas de pápulas eritematosas inflamatórias, as espinhas internas são lesões que não evoluem para pústula - quando há pus visível - ao contrário da espinha externa - que logo erupciona. De acordo com a dermatologista Vanessa Metz, do Rio de Janeiro, elas podem até dar o ar da graça com o tempo, mas, quando não acontece, ficam mais doloridas.A acne interna, assim como as outras, surge com o entupimento das glândulas sebáceas por conta do acúmulo de sebo. A única diferença neste caso, é que o excesso se torna tão grande que acaba obstruindo totalmente, evitando a saída do pus.
Tipos de mancha de espinha:
Para evitar as manchas na pele, o ideal é apostar no uso diário do filtro solar facial com FPS 30, no mínimo, para proteger as lesões da radiação e evitar queimaduras, além de dermocosméticos com ativos despigmentantes, usados para combater a acne e, ao mesmo tempo, auxiliar na prevenção de manchas. Agora, quando a marca está formada, ela pode ser tratada com procedimentos clínicos, como peelings ou clareadores e laser ou luz pulsada, em casos mais graves.